domingo, 25 de junho de 2017

Num comboio

Circulam pessoas, em vários sentidos, todos com diferentes objetivos, rotas e ambições. Contudo, têm em comum... um comboio.
Um meio para alcançar um destino. Posso tentar abstrair-me e - caso tenha tido sorte - olhar pela janela. Mas a paisagem não me apela aos sentidos e rapidamente perco interesse.
Procuro, na minha mochila, por outro entretém que anteriormente antecipei.
Estudar? Não, não me apetece. Aproveito então para pôr a leitura do livro do momento em dia.
Gosto muito de ler. Sinto que entro noutra dimensão, como se tivesse uma televisão permanentemente na cabeça onde as histórias se desenrolam e eu observo.
Levanto o olhar... Vejo um rapaz, na casa dos seus 25 anos, em pé, a falar com duas raparigas sentadas.
Não consigo ouvir a conversa - não me apetece, tenho os meus fones para me entreter - mas consigo imaginar o conteúdo pela postura e linguagem corporal. É claramente agradável...
Se há coisa que aprendi, já após a adolescência, é de que a linguagem corporal é muito importante nas reações e atitudes que as pessoas têm. Era habitual cruzar os braços; sentia-me mais protegida e aconchegada. Contudo, compreendi com o tempo, que cruzar os braços é uma postura defensiva.

Sim, estou mais uma vez de volta a este comboio, e espero estar novamente em breve. É sinal de que o fim-de-semana está a chegar, pois este... este já acabou.


Alfa Pendular
https://www.lusoamericano.com/?p=19271

terça-feira, 9 de maio de 2017

Mudança

Mudança..

O que é mudar? Mudança é o ato ou efeito de mudar, de dispor de outro modo.

Mas, mudar...fisicamente?, psicologicamente?, profissionalmente?

Sem dúvida nenhuma que é algo que o Ser Humano tem tendência a recear. Nunca é encarada com bons olhos por terceiros, e os corajosos e aventureiros que se atrevem a mudar alguma coisa, regra geral, são confrontados com algo negativo em resposta - "tens a certeza?"e/ou "porquê?".

Analisando a história passada, é fácil concluir que a mudança permite evolução. Mudar permite aumentar a adaptabilidade do ser humano às condições ambientais, permite crescer e eventualmente levar ao incremento da população (objetivo de todas as espécies). 
Imaginemos nós que o nosso antepassado não tinha decidido migrar para Europa, e que tinha ficado por África. Provavelmente nunca se tinham encontrado com os Neandertais, talvez esta espécie ainda existisse aqui na Europa e consequentemente a nossa não teria surgido!
Evolução transhumana.
http://ovnihoje.com/2016/02/05/ate-2050-homo-sapiens-pode-evoluir-para-homo-optimus/


Portanto, transpondo isto para as nossas vidas, podemos concluir que  a nossa adaptabilidade permite o crescimento (pessoal, profissional).

Gosto de encarar mudanças na minha vida como oportunidades e não como adversidades. 
Ter a oportunidade de ver coisas diferentes, de fazer algo que não costumo fazer, crescer, melhorar, adaptar.  
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https://www.pinterest.pt/explore/change-is-good/

E, como portuguesa que sou, tenho o gene dos descobrimentos no sangue, tenho a sede de conhecer na alma.

O conformismo?

Esse... não nos leva a lado nenhum. Se não estou bem como estou neste momento, procurarei maneira de melhorar. E sim, eu sei que a Geração a que eu pertenço é impaciente, mas nós fomos criados num mundo de evolução permanente, de atividade constante, onde o céu é sempre o limite... É a tal "mudança de paradigma" que tanto falam as gerações anteriores (e que por vezes tanto sono lhes tira).

Além disso, se Luís de Camões escreveu, entre 1524 e 1580, um poema sobre as alterações a que o ser Humano está sujeito, é bastante óbvio que todos passamos por alterações desde SEMPRE (porque há 500 anos atrás o pessoal já enfrentava dilemas e mudanças de vida! yay), cabe a nós decidir como as queremos conduzir.
Recado Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confian�a; Todo o mundo � composto de mudan�a, Tomando sempre novas qualidades.


Gostaria de concluir este post (e sim, sei que não publico há vários meses - existe sempre algum motivo que me inibe de partilhar o meu mundo com o exterior) com a ideia de que a Mundança é Boa. 
(Reference para quem  leu os livros da série Maze Runners - W.I.C.K.E.D is good 😛)
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https://www.currys.com/generic.htm?ECINFO=ANNOUNCEMENTS

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Soul searching

Regra geral gosto de aqui escrever com um texto profundo extraído da alma. Hoje, ao fim de meses a escrever textos e a deixa-los nos rascunhos, decidi expressar aquilo que sinto.

Após algum soul searching, cheguei à conclusão que, para ser uma pessoa normal (Rita, define normal?) , necessito do seguinte:


  1. Viajar e explorar o mundo - Neste contexto insere-se o meu desejo de ter uma experiência profissional no estrangeiro. Sempre quis alcançar este objetivo; será uma experiência enriquecedora a nível pessoal, cultural e profissional. 
  2. Ser boa no que faço / sentir que estou a ter uma boa performance (e de facto estar a ter) - Vou ser muito sincera: sou muito perfeccionista e gosto de ser boa no que faço. Gosto de ter brio no meu trabalho. E se este ponto, por algum motivo, estiver comprometido sinto-me muito... infeliz.
  3. Trazer valor acrescentado para o mundo: Aquilo que eu quero fazer da vida vai ter que ter algum impacto no mundo. Não quero ser só mais um humano neste planeta. Não quero viver no mundo do papel burocrático. Quero ajudar alguém, quero que aquilo que eu faça da vida seja útil. Nem que seja para evitar que alguém tenha aquelas dores de estômago porque tomou o ibuprofeno em jejum!
  4. Aplicar aquilo que andei a estudar: Sim, porque quer dizer, andei a estudar n anos na faculdade com um objetivo (variável ao longo do tempo - doesn't matter, I always have a goal). E para além disso, gosto muito do que estudei.
  5. Não viver em ansiedade permanente: Existo tendencialmente para o nervosismo e ansiedade, tenho facilidade em ficar preocupadíssima. É inevitável, mas quero evitar ambientes que potenciem isto. Quero poder trabalhar em PAZ.
  6. Ser FELIZ: E aqui implica ter o meu namorado perto de mim, que a minha família e amigos estejam bem, e o cumprimento dos pontos supracitados.
A vida é um infindável labirinto de escolhas. E a minha escolha existe. 

That's it folks!

domingo, 20 de novembro de 2016

Inquietude

Nunca é tarde de mais.

Nunca é tarde de mais para mudar o que nos inquieta a alma:

...vou escrever na esperança que esta inquietude me saia da alma e fique presa nesta folha em branco.

A inquietude é como um veneno que começa na minha cabeça e que migra pelo meu corpo - como uma doença, espalhando-se por entre as minhas veias e o meu sangue, entranhando-se nos meus glóbulos vermelhos, enfraquecendo o meu sistema imunitário. Fere-me a alma, deixa tantos cortes que as minhas plaquetas não são capazes de estancar o conteúdo. E a cada dia de inquietude, torno-me um pouco menos eu. Um corte a mais, confiança  a menos.

Não posso, não devo e por fim... não quero, sucumbir às palavras e ideias de quem me magoa; só me pode magoar quem eu deixar; e tenho que acreditar no meu valor.

Sai, inquietude, sai...


... Vemo-nos por aí.

Rita Leão, 20 de novembro de 2016

sábado, 5 de novembro de 2016

Ciclos de Chuva.

O céu, outrora azul e brilhante, ficou negro. 

Era sinal de que as primeiras chuvas de outono se aproximavam, pensou Ela. A som da chuva sempre foi reconfortante para Ela; simbolizavam o recomeço do ciclo. Fim dos dias longos de Sol, de luz. Os dias, mais curtos e frios, traziam menos tempo para andar na rua; ainda assim Ela gostava de observar as pessoas na Rua a caminhar, em passo acelerado (está frio!) com os narizes vermelhos.
"Lembram-me renas" sussurrou, apesar de ninguém estar por perto para a ouvir. Sorriu, um pouco embaraçada por ter verbalizado algo que era suposto ter ficado apenas no seu pensamento.

Continuou a observar os transeuntes daquela movimentada cidade por um momento que pareceu a eternidade. A primeira gota caiu. "É melhor apressar-me", pensou. Caminhou apressada (à semelhança dos que a rodeavam). Contornou uma esquina, virou à direita. Continuou a caminhar. A chuva começou a cair. Acelerou o passo, quase corrida. Virou à esquerda, chegou a casa.

Entrou em casa, satisfeita por já não estar na rua. Ainda assim, correu para a janela. E ficou a ver chuva cair... Era altura de mudança, de entrar numa nova época, de retomar o ciclo; era altura de deixar a chuva lavar a sua alma.

Rita Leão, 5 de novembro de 2016

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http://meioambiente.culturamix.com/natureza/o-que-e-chuva-invisivel

domingo, 23 de outubro de 2016

Eu era o cometa; tu eras o planeta.



     Para florescer, tem que ter um começo. Tem que nascer de algo, tem que começar por algum lado. É difícil sair da inércia que nos cerca como muros de Berlim; é difícil transpor as paredes que ao longo do tempo erguemos à nossa volta (no final de contas, servem de proteção, certo?). Mas se não começar por algum lado, e procurar deixar fluir o que me está preso no coração - na alma, na mente, no coração, e, por fim, nos meus dedos - então, vou sempre sentir que estou prestes a explodir.
 O dia em que decidi não guardar apenas para mim as histórias que vivi ou presenciei, foi o dia em que me decidi sentar e partilhar. E muito do que se passou teve o seu início quando...
O meu olhar cruzou com o Teu. Senti que Tu... eras alguém que tinha cruzado a minha vida por algum motivo, que irei apelidar de Motivo Maior. Sempre fui - não, deixem-me reformular- sempre me considerei uma Mulher com objetivos bem definidos e ideais bem delineados. Movi mundos e fundos, com o intuito de fazer aquilo que me deixava orgulhosa de mim mesma (ou será que procurava a aceitação dos que me rodeavam?). Porém, naquele milésimo de segundo em que o meu olhar, vago, cruzou o teu, descontraído, senti que tinha mudado de direção.
Sabes quando um cometa segue uma rota bem definida e por ação da gravidade de outro corpo celeste acaba por mudar de trajetória? Sim, foi isso que aconteceu.

Eu era o cometa; tu eras o planeta; e mudaste a minha trajetória.



Rita Leão, 23 outubro 2016
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